Congresso 2015

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Diálogo: Atratividade no setor público: o que buscam e o que encontram os servidores ingressantes



O evento, realizado no Auditório do Centro Operacional da Polícia Militar (COPOM), no dia 04 de fevereiro contou com participação massiva dos gestores públicos. Participaram cento e oitenta e nove (189) presentes neste diálogo. Abaixo um breve resumo dos temas debatidos durante o evento.

Após credenciamento e café, Thiago Souza Santos fez a abertura do evento e exibiu uma pesquisa empírica realizada pela UCRH, com servidores, “concurseiros” e o público em geral sobre diversos aspectos do Serviço Público, entre as questões da pesquisa estão: ‘qual a imagem que você tem do serviço publico?’, ‘o que te motivou a entrar na carreira pública?’.  A pesquisa realizada de forma não amostral e, portanto não científica, teve o objetivo de identificar as expectativas que levam os indivíduos a procurarem a Administração Pública como empregadora e fazer uma reflexão acerca de expectativas frente ao que encontram de fato quando ingressam e frente às expectativas da Administração.

A primeira palestra foi de Fabiana Fevorini, coordenadora da Pesquisa “Melhores Instituições Públicas Para Você Trabalhar”, que faz parte do Guia Você S/A de melhores empresas para trabalhar.
Fabiana abordou a origem do “Guia Você S/A de Melhores Instituições Públicas Para se Trabalhar”. O objetivo da pesquisa é criar referência na gestão de pessoas na área pública; revelar e premiar instituições públicas que são destaque; e gerar conhecimento. A sua premissa contém métodos transparentes e simplificados, mas é pioneira em ser voltada para o setor público.

Na seqüência, Fernando de Castro Fontainha, professor da Fundação Getúlio Vargas, do Rio de Janeiro.
Fontainha se apresentou e abordou um pouco sobre o que é seu trabalho científico, que é o estudo do concurso público no Brasil. Durante a palestra, ele irá onectar o Estado com a sociedade, ou seja, as instituições com os indivíduos. Ele questiona se o setor público é procurado pelos “concurseiros” por idéias ou por vocação?
A atual forma de ingresso no serviço público é pouco inspirada em bases vocacionais, analisa. Pois o concurso público não é voltado para a organização e qualidade do serviço público, mas para proteger os interesses do candidato.
Segundo ele, isso propicia a “flexibilização horizontal”, que se baseia no fator de que a dificuldade para passar nos concursos incentiva o candidato a buscar vagas em instituições que não eram sua primeira opção apenas pelo desejo de trabalhar no serviço público, mas em um nível econômico semelhante ao desejado. Ele considera isto como um mal, que gera um desperdício de talento incomensurável. Fora isso, há também a “flexibilização vertical”, que devido a sua formulação pode até ser mais danosa do que a primeira, pois é àquela situação onde o candidato se propõe a trabalhar em uma área que ele não pretende, em um nível econômico abaixo do que ele deseja, apenas para estar dentro do serviço público para poder estudar e se preparar para passar no concurso preferido, o que, segundo Fontainha, prejudica, em última análise, a própria prestação de serviços ao cidadão, já que estes funcionários não se interessam pelo próprio trabalho e não se preocupam com sua eficiência.

Após a conclusão da fala dos palestrantes, Thiago Santos coordenou uma conversa com os convidados e, logo em seguida, com a platéia, a qual participou ativamente com dúvidas e comentários sobre o tema.
Para o encerramento Thiago solicita que os palestrantes façam suas observações finais sobre o tema.
Fabiana agradece o convite e afirma que se há situações em que o RH é engessado, que se use avaliações para melhorar no que for possível. Ela instiga os presentes a serem multiplicadores.
Fernando diz que dentro da realidade atual há venda de conhecimento e, portanto, o único local para se passar em um concurso público é o Cursinho, não a USP, por exemplo. Ele afirma que os problemas que os ingressantes enfrentam são organizacionais. Portanto, afirma, é preciso planejamento. Ele insiste que é preciso que o local de trabalho do setor público seja para colocar em prática objetivos profissionais que sejam objetivos das instituições e que obviamente não serão objetivos da vida privada de cada individuo.
Thiago conclama que realizem-se alterações, mesmo que pequenas, afim de que possibilite a melhoria da Gestão Pública.


Aguarde que em breve estará disponível em nosso canal do Youtube UCRH21, o vídeo do evento!

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