O 1º Congresso sobre Gestão de Pessoas no Setor Público Paulista iniciou com o credenciamento, no qual os congressistas foram recepcionados com um café da manhã, favorecendo uma integração inicial.
Após a abertura solene, a coordenadora da Unidade Central de Recursos Humanos voltou a falar, dessa vez dando início aos diálogos do dia. A apresentação da coordenadora focou nos dados de gestão, para situar os congressistas nos principais desafios enfrentados pelas lideranças e pelos gestores de RH do Estado. Assim, apresentou como agenda de sua exposição: 1) cenário, enfrentamentos e desafio Paulista; 2) Dados da gestão; e, 3) Política de Recursos Humanos, prospecções e desafios.
Na primeira parte mostrou a dimensão de atuação do Governo do Estado de São Paulo. O estado conta com 645 municípios e mais de 41 milhões de habitantes, portanto, as organizações estaduais têm como clientes, direta ou indiretamente, um volume gigantesco. Desafio grandioso no que se refere a logística, orçamentos, mas principalmente em gestão de pessoas. Isto porque, atua em todos os 645 municípios, uma diversidade de localidades digna de respeito. Um desafio gerenciar de forma efetiva e eficiente este contingente tão disperso.
Para atender a esta demanda o Estado bandeirante conta com 24 Secretarias de Estado, Procuradoria Geral , 25 Autarquias (sendo 6 especiais e 3 universidades), 20 empresas públicas e 16 fundações. O ramo de atividade também é bem diverso. De saúde à segurança pública, uma diversidade que requer planejamento eficiente para os recursos humanos.
A coordenadora destacou o volume de pessoal, mais de 1 milhão, entre ativos e inativos, e um custo de mais de 48 bilhões com pessoal, sem contar algumas vantagens e outros custeios relacionados. De longe o maior gasto do Estado. Com isto fica claro que qualquer ação voltada a melhorar o gasto público passa por ações de melhoria na gestão de pessoas e de recursos humanos. A eficácia e pertinência das políticas públicas também estão intrinsicamente relacionadas à gestão de pessoas, queiram reconhecer ou não.
No segundo momento da apresentação falou-se de 4 grandes limites à gestão: 1) Força de trabalho envelhecida e inadequada aos novos papéis do Estado; 2) Remuneração distante do praticado no mercado, em especial a das funções de nível universitário; 3) Rigidez dos regimes de trabalho; e, 4) um gestão precária dos recursos humanos. Estes limites ainda se amplificam quando complementados por alguns desafios da Administração Pública, tais como, as limitações orçamentárias e as interferências políticas dos mais diversos níveis.
No terceiro movimento, apresentou alguns dados de gestão como forma de criar um pano de fundo d realidade do estado, um perfil dos servidores públicos. Mostrou a faixa etária mais acentuada dos servidores, assim como o perfil de formação, entre outras informações.
Finalizou destacando os principais desafios da gestão de recursos humanos para fortalecer a efetividade do Estado na realização de políticas públicas: Conhecer pessoas, identificar talentos e gerir estas pessoas/talentos. Enfim, o grande desafio da gestão pública é a gestão de pessoas.
Este Congresso foi um marco divisório, estabelecendo definitivamente uma agenda de discussão em torno da temática da Gestão de Pessoas. A busca da qualidade, excelência e a meritocracia com certeza terão novos parâmetros a partir da agora. Parabéns!
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