Sidnei Oliveira *
A incorporação das mídias sociais na vida profissional
atinge as pessoas de maneiras bem antagônicas. A primeira é a evidente vantagem
que se tem em estabelecer conexões pessoais produtivas, com possibilidades
claras de ampliar as oportunidades profissionais. Também há, contudo, a
desvantagem provocada pela distração que o despertar do interesse em assuntos
diversos (muitas vezes, irrelevantes) traz, o que leva a uma perda de
eficiência profissional.
Evidentemente, isso não passa despercebido dos gestores, que
não relutam em aplicar mecanismos de controle que, quase sempre, são
ineficientes.
Sabemos que é possível prestar atenção em muitas coisas ao
mesmo tempo, porém, o preço a se pagar é a superficialidade, ou seja, haverá
consequências para a quantidade de tarefas simultâneas. Não há uma quantidade
específica de coisas que podemos fazer ao mesmo tempo, sempre irá depender do
tipo de atenção que a atividade exige. Um exemplo é conversar com alguém
enquanto se anda de bicicleta, são atividades perfeitamente compatíveis, pois
funcionam com áreas diferentes do cérebro. Agora, se as atividades exigem os
mesmos recursos do cérebro, as consequências podem representar prejuízos
irreversíveis, como é o caso de uma pessoa que sofre um acidente por estar
enviando mensagem no celular enquanto dirige seu automóvel.
Outra coisa que passa despercebida é que agora também
temos que administrar nossa “vida digital”. Nela, os relacionamentos atingem um
grau de complexidade tão grande que somente através das redes é possível dar conta
de tantos contatos. Todos querem se conhecer, ou, pelo menos, manter uma fina
camada superficial de conexão que permita se atualizar sobre a vida dos outros.
Grande parte das pessoas assumem suas vidas digitais
ignorando consequências reais, acreditando estar agindo anonimamente. Esse é um
grande engano, pois é justamente no mundo virtual que se deixa o maior número
de rastros de seus comportamentos. Claro que há grandes benefícios, mas devemos
lembrar que a internet é apenas uma ferramenta para alcançá-los, portanto,
devemos ter o controle sobre o seu uso. Quando perdemos esse controle, criamos
uma realidade distorcida, com consequências muito intensas em nossas vidas.
Gosto muito da reflexão que traz o seguinte vídeo:
Devemos nos manter ligados às novas tecnologias, sim, mas
temos que nos lembrar que precisamos nos conectar com pessoas e não com
ferramentas, por isso, é preciso se desconectar para conectar-se de fato e sem
distração.
* Consultor, Autor e Palestrante, expert em Conflitos de Gerações, Geração Y e Z, desenvolvimento de Jovens Talentos e Redes Sociais, tendo desenvolvido soluções em programas educacionais e comportamentais para mais de 35 mil profissionais em empresas como Vale do Rio Doce, Petrobras, Gerdau,Santander, TAM, Unimed entre outras.
Formado em Marketing e Administração de Empresas, autor de vários livros sobre Liderança e Administração. É sócio-fundador da Kantu Educação Executiva, Vice-presidente do Instituto Atlantis de preservação ambiental e membro do conselho de administração da Creditem Cartões de Crédito e do Fórum de Líderes Empresariais.
É também colunista com artigos publicados nos portais Exame.com, Catho Online, Click Carreira e Café Brasil.
http://www.sidneioliveira.com.br/samba/
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Formado em Marketing e Administração de Empresas, autor de vários livros sobre Liderança e Administração. É sócio-fundador da Kantu Educação Executiva, Vice-presidente do Instituto Atlantis de preservação ambiental e membro do conselho de administração da Creditem Cartões de Crédito e do Fórum de Líderes Empresariais.
É também colunista com artigos publicados nos portais Exame.com, Catho Online, Click Carreira e Café Brasil.
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Interessante o artigo. Temos que repensar a adesão sem limites que fazemos da tecnologia e da Internet.
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